Educação Financeira e Empreendedorismo - 2ª edição



Sabemos que uma das deficiências da nossa gente é a falta de educação financeira. Matéria que deveria ser obrigatória nas escolas de primeiro grau acompanhando o aluno em todas as formações até a universidade.
Essa questão não só diz respeito às camadas mais pobres da população, mas a todas as classes sociais do nosso Brasil.
Claro que encontramos exceções em alguns segmentos sociais, mas via de regra há uma ausência de cultura financeira.
Isto provoca muitos males à sociedade.

Observo, nas minhas experiências de consultoria, há mais de 20 anos pelo Brasil, muitas empresas em grandes dificuldades por falta de visão dos empresários em relação às finanças corporativas, custos, investimentos, depreciação, lucros, orçamentos, resultados, etc.
É importante destacar que o problema, apesar de ser relativamente grande no Brasil, não é só uma carência nossa, mas de outras nações.

Nos últimos anos a mídia brasileira tem destacado inúmeros artigos nas revistas especializadas e nos programas de rádios e de televisão despertando a atenção da população para a importância da EDUCAÇÃO FINANCEIRA.

Outro assunto que entendo se correlacionar com a nossa proposta é O EMPREENDEDORISMO. Merecendo um maior destaque nas escolas, entidades de classes, sindicatos profissionais e clubes de serviços para um país mais preparado para enfrentar os desafios do século XXI.
Temos que unir esforços. Empresários, profissionais liberais, as famílias, a imprensa, as organizações religiosas, ONGS, e outras instituições preocupadas com o futuro das nossas gerações, além das organizações governamentais para uma nova postura em relação aos temas propostos por essa coluna.

Como dissemos no artigo anterior, nos próximos três anos evoluiremos de 20 milhões para 30 milhões de pessoas ricas, ou seja, que migrarão das classes “C e D” para as classes “A e B”. Serão 10 milhões de novas pessoas com alto poder aquisitivo. Uma multidão maior do que a população de vários países.
Por outro lado estudos recentes demonstram que de cada três brasileiros, dois se encontram endividados, ora no cheque especial, cartão de crédito ou com tantas prestações a pagar que ao final de cada mês a renda familiar não resolve absolutamente nada e tudo vira “uma bola de neve” sem solução.
Daí presumirmos que precisamos investir na EDUCAÇÃO FINANCEIRA dessa gente ou iremos ter uma nova “classe média miserável”. O termo parece pesado? Mas, se não cuidarmos teremos outro problema social.

Repito que famílias e mais famílias se desestruturam diante desse “caos” financeiro. E de repente teremos outras “bolhas” a exemplo da subprime - Crise imobiliária dos Estados Unidos.
Também teremos que nos preocupar com a APOSENTADORIA. Ou por ventura você irá depender do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)?
Abra os olhos para o que está acontecendo e abra enquanto há tempo, do contrário você irá se arrepender muito e nada mais poderá ser feito.

Tudo isto tem a ver com EDUCAÇÃO FINANCEIRA.
SEGUNDO PASSO PARA QUEM NÃO TEM EDUCAÇÃO FINANCEIRA:
LIVRAR-SE DAS DÍVIDAS!

Estive recentemente em São Paulo proferindo algumas palestras com o tema Educação Financeira e Empreendedorismo, oportunidade que conheci um jovem de 22 anos, técnico em TI do hotel onde me encontrava hospedado.
Por sorte do rapaz eu estava sem o meu computador e precisei ir até o departamento de TI do hotel, lá ele me permitiu fazer um ofício e enviar pela internet. Enquanto digitava, ele me perguntou qual a minha atividade. Eu respondi que era advogado, jornalista e consultor financeiro, além de palestrante.

Ele perguntou: O que fazer com uma pessoa que estava todo enrolado em dívidas? Eu perguntei: Essa pessoa é você? Ele disse sim, sou eu mesmo.
Disse que não tinha o menor controle financeiro. Ganhava R$ 1.200,00 por mês, tinha comprado um carro e uma moto financiados. Os dois bens lhe custavam mensalmente R$ 900,00 (As duas prestações).
Mas, que morava com os pais e era solteiro.
Estava enrolado porque tinha recebido dos bancos três cartões de créditos e sempre que tinha “necessidade” de alguma coisa, mesmo sem dinheiro, não hesitava em comprar no cartão e agora estava com um montão de dívidas e com apenas um saldo de R$ 300,00. No final do mês não tinha como pagar as faturas.

AINDA LHE PERGUNTEI: QUER DIZER QUE VOCÊ NÃO TEM CONTROLE NO USO DOS CARTÕES DE CRÉDITOS? ELE RESPONDEU DE MODO ALGUM!
ORIENTAÇÕES QUE PASSEI PARA O MESMO:





– Ligar para as operadoras dos cartões e negociar o parcelamento das dívidas dentro das possibilidades de poder honrar os pagamentos;
– Quebrar os cartões de créditos e informar às operadoras para não lhe enviar outros, cancelando assim as taxas de anuidade;
3 – Não deixar de pagar as parcelas do financiamento e da negociação em dia, evitando juros de mora;
4 – Avaliar a real necessidade de possuir dois automóveis;
– Procurar uma atividade “EXTRA” QUE NAS SUAS HORAS VAGAS PUDESSEM LHE RENDER UMA GRANA EXTRA;
6 – E AINDA O CONVIDEI PARA ORIENTÁ-LO SOBRE UMA EXCELENTE OPORTUNIDADE PARA GERAÇÃO DE RENDA EXTRA, QUE SE ELE SE DEDICASSE APENAS NOS SEUS INTERVALOS PODERIA FICAR DEFINITIVAMENTE LIVRE DAQUELES SEUS PROBLEMAS E AINDA OBTERIA A SUA INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA;
7 – Forneci-lhe o meu e-mail para que todos os meses ele me pedisse essa coluna para que assim eu pudesse contribuir com o seu processo educacional em relação aos temas propostos.

Com estas orientações a esse jovem, espero ter podido alertá-lo para uma postura em relação as suas dívidas.
Ou você se livra das suas dívidas ou elas o levarão ao fracasso financeiro e moral e pela dose de estresse que enfrentará poderá prejudicá-lo em outras áreas da sua vida, como a familiar e profissional.

Nesse segundo artigo queremos motivá-los para essa tomada de decisão e esperamos que no próximo LPM vocês estejam aqui conosco para outros comentários a respeito de EDUCAÇÃO FINANCEIRA E EMPREENDEDORISMO...


Emita a sua opinião sobre essa e as demais matérias enriquecendo o debate e sugerindo assuntos relacionados para o próximo artigo.
“Daqui a 20 anos você estará mais arrependido das coisas que não fez do que das que fez. Então rompa as amarras. Navegue para longe do porto seguro. Sinta o vento em suas velas. Explore.” (Mark Twain).
Eu acrescento: EMPREENDA UMA OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS!


Bons negócios.


Arnaldo Silva
Advogado/Jornalista/Consultor Financeiro/Palestrante.